ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

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ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, conferencista, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

sexta-feira, 29 de maio de 2015

PESQUISA DE TEMAS PARA O XXXII IRB - Gramado, RS


        PESQUISA DE TEMAS 


     Para XXXII IRB - Gramado, RS (set 2009).
                                        Coordenação da Governadora 2000-01, Neli Abascal do D. 4780.
Respostas de Alberto Bittencourt 





PÓLIO PLUS


1 – Quais as ações devem ser implementadas pelos clubes nas suas comunidades para tornar-se realidade a erradicação da Poliomielite?
Acredito que três são as palavras de ordem neste segundo século da existência do Rotary: visibilidade, integração e mobilização. Os clubes devem fazer parceria com órgãos do governo, como secretarias de saúde, empresas privadas e outras instituições do terceiro setor para dar destaque na mídia aos dias de imunização. 


2 – Como você pode fazer a diferença neste processo final d erradicação?
Fazendo bastante barulho nas campanhas. Levar faixas, camisas, bandas, fanfarras, foguetórios, carros de som, palhacinhos, atrair as crianças com distribuição de balas e brinquedos


ÊNFASES PRESIDENCIAIS PARA 2009/10

O Presidente de RI John Kenny nos diz que para se manter relevante no século 21, o Rotary deverá empenhar-se para aprimorar o acesso à água potável e o saneamento básico, combater a fome e promover a alfabetização.

1 – Como comunicar através de uma base de dados os projetos de sucesso nas ênfases presidenciais para poderem ser replicadas por outros clubes?
A repercussão de uma base de dados de projetos é pequena. Os clubes tendem a se acomodar e pensar que não mais há necessidade de novos projetos, que tudo já foi feito. É preciso que haja mobilização da sociedade, dos companheiros e aí está a parte mais difícil. È preciso dar visibilidade à miséria, à pobreza extrema, às necessidades e suas conseqüências: fome, doenças, violência. A bandeira do combate à pobreza extrema deve ser abraçada por todos os rotarianos. 

2 – Como debater as ênfases prioritárias com as comunidades?
Não creio em manifestos, fóruns, seminários. Só acredito na AÇÃO. O lema atual do pres J Kenny quando diz que o futuro do Rotary está em suas mãos, significa TRABALHO, AÇÃO. Temos que deixar de lado o comodismo. Com visibilidade, integração e mobilização.


3- Que projetos relevantes podem ser aplicados em larga escala no Brasil nessas ênfases?
O rotariano tem que sair de seu conforto. Entrar nas salas de aula, percorrer as favelas, sentir o cheiro da miséria. Se cada clube resgatar uma família, melhorando as condições de moradia, conseguindo emprego digno, colocando as crianças em escolas e creches, fornecendo filtros para água, dando roupas, medicamentos, ensinando higiene, apoiando as instituições que tiram as crianças da rua, será um grande trabalho. O papel do rotariano é o de mobilizar a sociedade, numa verdadeira integração dos vários segmentos, agindo com o máximo de visibilidade.


PLANO ESTRATÉGICO DO RI/ PLANO VISÃO DE FUTURO DA FUNDAÇÃO ROTARIA

1 – Que idéias poderão ser debatidas para elaborar um Plano Estratégico nos clubes e distritos?
Com sucessivas tempestades de idéias. O arcaico e ultrapassado PLANO DE ATIVIDADES DOS CLUBES é peça para inglês ver. As metas e sonhos devem nascer de baixo, discutidas pelo quadro social e não impostas de cima, com as metas copiadas de planos anteriores que nunca funcionaram. O que vigora agora é o PLC e o PE. Significa a integração de todo o QS para estabelecer o que queremos ser, hoje, daqui a um ano e no futuro.

2 – Que público deve ser envolvido na elaboração do Plano Estratégico dos clubes e distritos? 
Todos. O público interno, que são os sócios, o público externo, que são os que nos observam, o público alvo, que são os beneficiários de nossas ações e o público coirmão, que são os nossos parceiros. Da integração de todas essas brasas, surge a grande fogueira capaz de mudar o mundo.

3 – De que forma o Plano Estratégico do RI pode incorporar o Plano Visão de Futuro da Fundação Rotária?
O PLANO VISÃO DE FUTURO tem o objetivo de simplificar, dar velocidade aos projetos e diminuir custos da FR. Mas, precisa ser amadurecido. Haverá problemas em distritos como os do nordeste que têm poucos recursos, os FDUCs são pequenos e não há condições de se fazer grandes projetos. Poderá ser um tiro no pé. 

LIDERANÇA E JUVENTUDE

1 – De que forma devemos contemplar os jovens, nos planos de renovação do quadro social?
È difícil atrair jovens hoje em dia. Para que tal ocorra, só com uma mudança radical de atitudes. Tem que reacender a chama com visibilidade, integração e mobilização. O combate à miséria pode ser a causa da qual precisamos. 


2 – Onde e como os Rotary clubes devem captar lideranças jovens para seus clubes?
Isso já vem sendo objeto de muitas discussões e todas têm resultado praticamente nulo. Vamos deixar a conversa de lado e AGIR. Levantar uma bandeira é importante.


3 – Que ações devem incorporar um planejamento integrado do Rotary em relação à juventude?
Ações esportivas, work shops, música, temos que pegar tudo o que possa interessar aos jovens.


Obrigado.
A sua participação é a certeza do sucesso do nosso encontro.



quinta-feira, 7 de maio de 2015

ROTARIANOS & ROTARIANOS

ROTARIANOS E ROTARIANOS

Alberto Bittencourt (2004)



“É um clube de pessoas que se reúnem uma vez por semana só para bater palmas”, disse um companheiro que acabava de deixar o Rotary.

“No Rotary aplaudem até bife acebolado”, foram as palavras de outro ex-rotariano indignado com o anúncio do menu do dia, aplaudido ao final da leitura.

“Clube de ricos, de americanófilos, de quem não tem o que fazer”. 

Essas são opiniões que, por vezes, ouvimos no dia a dia de nossa vida em Rotary. 

Como inverter esse conceito? O que é, afinal, um Clube de Rotary? 

Todos sabemos, mas por que não conseguimos transmitir a imagem correta a alguns dos companheiros? São os que tomam posse e após alguns meses deixam os clubes, levam uma visão errônea e, não raro, saem falando mal, de modo injusto e irreal. 

O Rotary é um tipo de associação em que seus integrantes têm um nível cultural semelhante. Todos são potencialmente líderes em seus campos de atividades e todos são voluntários na prestação de serviços. Exercer a liderança nessas condições não é tarefa fácil,

Há quatro tipos marcantes de Rotarianos: 

a) O primeiro tipo é o dos que são proativos.
Tomam as iniciativas, agem, mobilizam recursos e pessoas, fazem. Este é o tipo de rotariano que acredita no Rotary, que está sempre buscando uma oportunidade de servir. Ele sabe o que fazer e o que precisa ser feito, fiscaliza, analisa, distribui tarefas, forma as equipes de trabalho. A eles cabe a tarefa de mobilizar o restante do clube, de motivá-los para que ajam, trabalhem, façam. Esse é o verdadeiro líder do Rotary. São os verdadeiros militantes rotários. É desses que o Rotary precisa, já que as comunidades excluídas, as crianças desassistidas, os idosos abandonados, os enfermos desvalidos, não precisam de simpatizantes. O ideal é que todos sejam militantes rotários.

b) O segundo tipo de rotariano é o dos reativos.
Estes pouco se manifestam nos clubes, até serem mobilizados. Entretanto, uma vez convocados para determinado serviço, eles fazem e fazem bem. Não refugam, não dizem não. Falta-lhes apenas a iniciativa de dar o primeiro passo, de organizar, de planejar, de liderar. Recebida a missão, eles a cumprem fielmente, porém ficam sempre esperando que alguém os acione. Eles podem se tornar úteis, se o presidente do clube souber liderar, delegar, atribuir tarefas e cobrar resultados. 

c) O terceiro tipo são os inativos.
São aqueles companheiros que realmente só comparecem ao clube para bater palmas. Nunca se pronunciam, mal participam de reuniões festivas, não tomam nenhuma iniciativa, não se engajam em nenhum programa. Não adianta convocá-los, arranjam sempre um modo de escorregar, encontram sempre algum jeito de empurrar com a barriga, de passar a bola para a frente, de dizer que não é com eles. Esses que pouco fazem em termos de trabalho rotário, não deixam de ser importantes.
São importantes para aumento do quorum das palestras, o que confere mais prestígio aos palestrantes. São importantes para melhorar a participação nos eventos de companheirismo. São importantes por estarem juntos.

d) Há ainda um quarto tipo. São os negativos.
São os que fazem resistência passiva. Estão sempre reclamando. Tudo eles criticam, têm sempre uma solução melhor, um jeito melhor de fazer. Só que nunca estão disponíveis. Este é um tipo de rotariano que, designado para qualquer missão, para presidente de uma avenida, por exemplo, passa os seis primeiros meses explicando o que vai fazer e os outros seis meses justificando porque não fez. É um tipo que soma no companheirismo mas na maior parte das vezes está ausente.

Acredito que todos os clubes tenham sócios que se enquadrem nesses estereótipos, já que cada clube é uma amostra da humanidade.

O que faz o sucesso do Rotay é justamente essa diversidade.