ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

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ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, conferencista, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

sexta-feira, 28 de junho de 2013

GRUPOS DE OPERAÇÃO










GRUPOS DE OPERAÇÃO

Alberto Bittencourt - out 2004



1a. Parte: Palestra

Companheiros, vocês sabem que o organograma tradicional do clube é o das Avenidas ou Comissões de Serviços, mas nós sugerimos que de hoje em diante este clube adote um novo organograma.
Dizemos isso porque a estrutura interna do clube faz parte do Regimento Interno, que é recomendado, mas não prescrito, isto é, não faz parte do Estatuto Prescrito por RI.
Então, quem deve decidir em quantas comissões o clube vai se dividir é o próprio clube. Se o clube quiser apagar as quatro avenidas tradicionais, ele pode apagar, traçar um novo organograma de serviços.
Isso porque o que a gente vê na organização tradicional dos clubes, seja dividido em  avenidas seja em comissões, são compartimentos estanques.
Na verdade, não existe isolamento entre uma atividade e outra de prestação de serviços. Existe antes um entrelaçamento, uma interligação, uma mistura das ações. Se você escolhe um projeto, tem ali serviços à comunidade, serviços internos, profissionais, serviços à juventude e muitas vezes serviços internacionais.
Pensando nisso, nós sugerimos ao clube, que  adote um novo organograma de ação chamado “Grupos de Operação”, GOs. Se o clube tem 43 rotarianos por exemplo, ele pode se dividir em quatro grupos, cada um com seu líder. O presidente fica de fora.
Primeiro são definidos os líderes, de forma expontânea, pois são todos voluntários. A escolha dos membros de cada grupo é feita como no futebol de rua, na base do par ou ímpar, em que cada líder vai chamando alternadamente o seu time.
Aos grupos se integram os membros da Família Rotária. Eles crescem, se encorpam, com os membros da Família Rotária.
Cada Grupo é identificado por um lema, um nome, um hino, uma cor, uma bandeira, podendo ser Grupo Paz,  Grupo Vida,  Grupo Paul Harris.
Todos os membros de um grupo, fazem parte ao mesmo tempo dos serviços internos, serviços profissionais, serviços à comunidade, serviços à juventude e serviços internacionais. Todos trabalham em tudo, todos são polivalentes.
Essa é uma regra nos dias de hoje, no mercado de trabalho, em que se valoriza mais o funcionário polivalente que é capaz de desempenhar qualquer função dentro de uma empresa. Este tem um valor maior do que aquele que é especializado num único setor. Quando uma empresa requer um serviço especializado, ela pode terceirizar.
Assim também o rotariano tem que saber desempenhar qualquer função e ao mesmo tempo todas as funções.
Cada grupo de operações firma uma identidade, abraça uma atividade de prestação de serviços, assume um diferente projeto. Um grupo elege um centro de deficientes, outro escolhe a Escola Rotary, outro abraça um abrigo de idosos, outro um hospital, e assim por diante.
Cada grupo vai trabalhar e desenvolver os projetos em favor da entidade que escolheu. Para isso, ele deve ter criatividade, mostrar o que vai fazer, como fazer, além de ir buscar o dinheiro necessário para a consecução do projeto.
 O GO vai procurar esse dinheiro no comércio, nas indústrias, nas repartições públicas. O rotariano, eu sempre digo isso, não deve ter vergonha de pedir. Ele tem credibilidade.
Qualquer rotariano pode chegar em uma empresa e  pedir R$ 10.000 para um projeto e só obter R$ 500,00. Mas ele sempre arranja alguma coisa, porque todo mundo sabe que o dinheiro é para uma causa justa, não é para benefício próprio.
Além disso, cada grupo se encarrega de trazer novos sócios, de conseguir contribuições para a Fundação Rotária.
Nós sugerimos implantar no distrito uma Força Tarefa, que avalie esses grupos e premie os que mais se destacarem.
Essa é uma proposta que nós estamos oferecendo para os Rotary Clubes e distritos.
Vamos fazer isto, implantar um novo organograma nos clubes, para que todos os companheiros se mobilizem para o trabalho.
Quem carrega o andor quase que sozinho é o presidente com os seus diretores das avenidas. Mas o Rotary só é Rotary se for a integração de todos, o trabalho de todos, a mobilização do Quadro Social, em todos os campos de ação.
O Grupo de Operações pode ser uma solução para que todos possam efetivamente arregaçar as mangas e sair para o trabalho, sair em busca de  novas iniciativas que  marquem a presença do clube na sociedade, mostrem que ele está cumprindo a sua missão.
Essa é a nossa mensagem para o presidente adaptar à realidade deste clube se assim entender.
Segue abaixo o programa que lancei quando fui governador do Distrito 4500, em 2004 - 2005 que, infelizmente, não chegou a ser implementado.





2a. Parte: Programa



1- Assunto
Lançamento do programa  “Grupos de Operação”  (GO) no âmbito do Distrito.
2- Objetivos
·      Mobilizar todos os companheiros para a prestação de serviços.
·      Fazer com que todos conheçam as entidades assistidas pelos clubes e participem efetivamente dos trabalhos.
·      Incrementar o trabalho em equipe
·      Desenvolver qualidades de liderança
·      Colaborar no esforço de retenção de sócios
·      Promover um saudável espírito de competição e alegria nos  trabalhos do clube.
·      Dar a máxima visibilidade às ações do clube
3- Considerações
Considerando que a divisão do clube em comissões ou avenidas de serviços não faz parte do Estatuto Prescrito por RI, mas sim do Regimento Interno Recomendado, sendo portanto uma prerrogativa do clube,
Considerando que a prestação de serviços eficaz requer:
·      a interação das Quatro Avenidas de Serviço
·      a mobilização, o envolvimento e o trabalho da totalidade do quadro social.
·      o levantamento de recursos financeiros para serem aplicados,     
O Governador do Distrito resolve criar o programa “Grupos de Operação”, no âmbito dos Rotary Clubs 
4- Justificativas    
O organograma tradicional dos Rotary Clubs, com suas Avenidas de Serviços, tem se mostrado pouco eficaz para mobilizar a totalidade dos sócios.
Em geral, ocorre uma tendência à acomodação e à inércia, recaindo a responsabilidade unicamente sobre o presidente da Comissão ou Avenida de Serviços. Este, na maioria das vezes, se limita a colocar metas no Plano de Atividades do clube e nada mais.
É comum as avenidas de serviços profissionais e/ou internacionais se limitarem a anunciar datas profissionais ou datas magnas de nações, apenas isto.
O que se observa, com raras exceções, é que as Comissões não se reúnem, não cumprem o seu papel e pouco funcionam.       
Na verdade, é o presidente do clube quem carrega o fardo. Ele fica sozinho nas deliberações, decisões e ações. Se ele é bom, realmente um líder, o clube vai bem; se não é, o clube vai mal.         
Uma nova proposta de organograma opcional já é oferecida por RI, o Plano de Liderança de Clube que estabelece cinco Comissões Permanentes paralelamente às quatro avenidas tradicionais. São tentativas para dar maior visibilidade às ações dos clubes, promover a integração da Família Rotária e estimular a mobilização do Quadro Social.
Os Grupos de Operações fazem tudo isso. Sem dar nomes, eles são ao mesmo tempo todas essas comissões e avenidas. Neles o rotariano é simultaneamente membro de todas as comissões. Ele desempenha todas as funções. Ele é o generalista, capaz de atuar em qualquer campo, em vez de ser o especialista, que só atua em um setor específico. Nos GOs o rotariano é polivalente, joga em qualquer posição, não tem uma função fixa. Nos GOs todos Membros Operacionais são igualmente importantes. Todos são mobilizados para alcançar os objetivos a que se propuseram, todos são militantes.   
5- Formatização
a) A totalidade do Quadro Social do Rotary Club, com exceção do Presidente, será dividida em Grupos de Operação (GO).
b) Cada GO será composto, no máximo, por 10 (dez) membros operacionais (MO) e 1 (um) líder operacional (LO).
c) Cada Rotary Club terá no mínimo 2 (dois) GOs. Não há número mínimo de membros operacionais (MOs), ficando porém condicionados ao máximo de 10(dez) membros operacionais.
d) O presidente do clube coordenará a ação dos GOs e será o único rotariano a não fazer parte dos mesmos.
e) Cada GO deverá contar com a participação e apoio dos cônjuges, rotaractianos, interactanos e membros da família rotária, que farão parte dos mesmos em igualdade de condições e direitos.
6- Modos de Ação
Será estimulada a competição saudável entre GOs, objetivando a prestação de serviços no âmbito dos clubes.
Cada GO deverá eleger no mínimo 1 (um) projeto de prestação de serviço.
É imprescindível que todos os MOs se engajem efetivamente no trabalho para alcançar as metas traçadas pelos GOs.
Todos deverão se engajar na obtenção de recursos necessários à consecução do projeto. Para tanto, deverão atuar junto a órgãos públicos, empresas privadas, associações de classes, federações, igrejas, ONGs, entidades nacionais e internacionais do terceiro setor. Nenhum rotariano deve ter vergonha de pedir!
Os projetos deverão beneficiar creches, orfanatos, escolas, centros de deficientes, abrigos de idosos, hospitais, comunidades carentes, entidades que tiram as crianças das ruas, centros de recuperação de drogados, escolas profissionalizantes, etc.
Os GOs são livres para buscar parcerias com entidades do terceiro setor, firmar convênios com órgãos públicos, buscar cooperação internacional, formar alianças.
Poderão ser realizados Projetos de Subsídios Equivalentes e de Serviços à Comunidade Mundial do Rotary.
Cada GO homenageará os dirigentes das instituições assistidas, líderes comunitários, diretores das ONGs parceiras e patrocinadores dos projetos.
Ficará sob a responsabilidade do GO a busca de novos sócios para o clube, sem perder de  vista as qualidades inerentes ao futuro rotariano, bem como angariar contribuições para a Fundação Rotária. Deverão ser estabelecidas metas para a consecução desses objetivos. 
As entidades sociais assistidas atualmente pelos clubes deverão fazer parte dos GOs do clube    
7- Identidade
Os GOs serão identificados por nomes de batismo escolhidos por seus integrantes, como por exemplo: Grupo Paul Harris, Paz, Mensageiros da Boa Vontade, Ordem e Progresso, etc.
Serão adotados lemas, cores, distintivos, bandeiras, gritos de Paz, hinos e canções, de forma a criar um espírito de corpo e união entre os integrantes.
 8- Coordenação Distrital
Fica instituída no Distrito a Força Tarefa dos Grupos de Operacões, cujo coordenador tem por missão coordenar a ação dos GOs e avaliar seus desempenhos para fins de premiação e reconhecimento.
 9- Avaliação
Cada presidente de Rotary Club enviará, para a Força Tarefa Distrital de GOs, até   o  dia 15 de abril, um relatório sobre a atuação de seus GOs.
Mediante critérios a serem divulgados posteriormente, será instituída uma premiação aos GOs que tiverem melhor desempenho, sendo um por clube, a ser entregue na Conferência Distrital.
 10- Conclusão
 O programa de Grupos Operacionais ora instituído, poderá ser implantado nos clubes, sem prejuízo das Avenidas e Comissões tradicionais.

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terça-feira, 25 de junho de 2013

CREDO ROTARIO




De um quadro na parede da secretaria do Rotary Club Fortaleza-Barra, retirei este Credo Rotário, que é lido pelos novos companheiros ao tomarem posse.





CREDO  ROTÁRIO

Ao   aceitar  a  colocação  deste  distintivo  integrando-me   ao
Rotary,  como rotariano, declaro  reconhecer e respeitar  seus
dispositivos  estatutários, os quais me conduzem a:

  v considerar  todos  os  meus  companheiros  dignos  de minha  estima e amizade;

  v levar  o  conceito  do  ideal  de  Servir  como  base de  todo  o empreendimento  digno;

  v reconhecer  o  mérito  de  toda  ocupação  útil,  não  fazendo distinções     entre     profissões,      desde    que     legalmente reconhecidas;

  v esforçar-me  por  manter,  aprimorar  e  elevar  os princípios da  ética  profissional;

  v dedicar-me,  na medida do possível, no sentido de pesquisar,    cooperar,  aconselhar  e  promover  atos  ou  iniciativas   que resultem  em  melhores  padrões  de  vida,  material,  moral e espiritual  da comunidade  em  que  vivo;

  v acompanhar   o   esforço   comum   pela    aproximação     dos homens  de  todo  o  mundo, trabalhando  pela compreensão internacional e pela paz universal.





REPENSANDO ROTARY


REPENSANDO ROTARY
Alberto Bittencourt
(escrito em setembro de 2004)


Alberto Bittencourt e Tereza Alencar,  presidente 2005-06 do Rotary Eclub D4500
(homenagem de André Guimarães ao governador do Centenário)



Ao longo de minha vida rotária, fui mudando interiormente, mudando minha visão do mundo, mudando minha percepção do Rotary.
De início o considerava apenas um clube de prestação de serviços, centrado no companheirismo, com base na diversidade de seus integrantes. Através das variadas funções por que passei, desde a presidência de meu clube, da presidência da Comissão Distrital da Fundação Rotária, até chegar a Governador do Distrito 4500 neste ano do Centenário, 2004-05, fui evoluindo, passando a encará-lo de maneira diferente, e o que mais me influenciou nesse sentido, foram as pessoas.
Enquanto uma empresa visa antes de tudo pessoas, produtos e lucro, o Rotary visa pessoas, pessoas e pessoas.  São as pessoas para quem nós trabalhamos, as pessoas com quem nós trabalhamos e as pessoas que nos observam. Na linguagem de marketing, seriam o público alvo, o público interno e o público externo.
Não foi apenas o olhar amoroso das criancinhas, o carinho dos deficientes, a afetividade dos idosos, a resignação dos enfermos, o que me fez mudar, mas principalmente a dedicação e trabalho de companheiros rotarianos do mundo inteiro, de pessoas comprometidas com o serviço ao próximo, de voluntários empenhadas em devolver, por mínimo que seja, o que generosamente receberam de suas comunidades.
Fruto do convívio com essas pessoas, dos ensinamentos que recebi, das experiências que vivenciei, passei a ver Rotary de duas formas distintas, uma objetiva e outra subjetiva. Na primeira, do ponto de vista institucional, encaro o Rotary como um movimento filosófico. Na segunda, do ponto de vista pessoal, considero ser rotariano um estado de espírito.
Sendo um movimento filosófico, vejo o Rotary como uma grande escola onde cada rotariano é ao mesmo tempo mestre e aluno. Na verdade, desde o seu início o Rotary sempre foi uma escola, uma escola de trabalho, na qual todos aprendem trabalhando e trabalham aprendendo. 
Nessa escola universal do Rotary, que tem mestres e alunos de todos os idiomas, raças, credos e costumes, temos a oportunidade de nos desenvolver, crescer, aprender.
Como acredito que não há nada neste mundo que realmente limite o homem e o mantenha num estado de ineficiência e inércia senão seu próprio pensamento, vejo o Rotary como um movimento filosófico capaz de mudar a percepção de nós mesmos.
Inicialmente o Rotary é uma escola de liderança ou de maestria, em que os dois conceitos se confundem. Ser líder ou ser mestre é apenas um estado de espírito. 
Nosso primeiro trabalho é vermo-nos como líderes (ou mestres), para tanto precisamos proceder como mestres (ou líderes).
Não há ninguém que possa ensinar-nos a ser líderes, nem ninguém que possa conferir-nos o grau de mestres, pois eles já são nossos. Cumpre-nos praticar.
Procuremos lidar com os problemas da mesma maneira que um líder enfrenta as situações com que se depara todos os dias.
Precisamos viver como vive o líder, pensar como pensa o líder, proceder como procede o líder.
Atuemos do mesmo modo que um líder atua. Falemos como um líder fala, enfrentemos a vida tal qual um líder a enfrenta.
O segundo trabalho é formar homens. É transformar o indivíduo cheio de boa vontade, carregado de ilusões que chega aos nossos clubes, ansioso por ser útil, por servir ao próximo, em um verdadeiro rotariano. É transformar o companheiro desestimulado em autêntico homem de ação, verdadeiro líder, despertar-lhe a vocação de serviço, acendendo em seu coração a chama da amizade, boa vontade, paz e compreensão.
Assim, adquiri a visão de que cada rotariano é um mestre e cada Rotary Club uma escola.
Aprendi que o Rotary é cada um de nós. Cada clube é a soma de seus membros, o reflexo de seus sócios. Quanto mais eficientes formos, maior eficiência terá o clube. Clubes de qualidade correspondem a homens dispostos, devotados ao ideal de servir, consagrados à ação como produto de sua fé. Ante essa identidade “homem – Rotary”, está a consciência de que cada um é Rotary, manifesta na afirmação: EU SOU ROTARY, como um estado de espírito.
O rotariano através de sua ação, de sua devoção, de sua identificação total com esse estado de espírito, é quem deve ensinar a todos o caminho da paz e do bem, pelo uso de sua voz e do seu exemplo. É com realizações concretas de nossos Rotary Clubs que podemos elevar a imagem do Rotary ante tantos que nos rodeiam, em nossas comunidades e no mundo.
Caros amigos em Rotary: deixemos cair a máscara da aparência, da vaidade, esse ego que parecemos ser e comecemos a viver a verdadeira vida. Agindo no EU, estaremos agindo no lado mais profundo de nossa própria natureza. Vivendo o EU SOU ROTARY, alguém, em algum lugar, algum dia, em algum momento nos agradecerá.

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