ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal
ALBERTO BITTENCOURT - Palestrante, conferencista, motivador, consultor, escritor, biógrafo pessoal

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

FELIX CHRISTINGER LANÇA DESAFIO


Acabo de voltar de uma reunião com Felix Christinger. É um velho amigo de Zurique, Suíça, que há precisos 14 anos vem ao Brasil, sempre no mês de fevereiro.
A princípio ele costumava vir para o carnaval, mas com o correr dos anos, a multidão, a violência passaram a assustá-lo. Em geral permanece aqui por três semanas e regressa antes do período carnavalesco.

Felix é um grande benfeitor das crianças brasileiras, mais precisamente do Lar de Cáritas. Ele pertence ao Kiwanis Club de Zürich – Höngg.
O Kiwanis International é uma organização mundial de voluntários semelhante ao Rotary e Lions. Compreende aproximadamente 8000 clubes em 96 países e mais de 260.000 membros. Tem como ênfase melhorar a vida das crianças e dos jovens e desenvolver programas de liderança juvenil.

A história de como conheci Felix Christinger é interessante.
Aconteceu no carnaval de 1997. Na ocasião eu exercia o cargo de presidente do Rotary Club do Recife – Boa Viagem. Susan Clarke, minha auxiliar inglesa na elaboração de projetos da Fundação Rotária, bolou um folheto intitulado - Let's take a look behind the mask – Vamos dar uma olhada por trás da máscara. O texto, ilustrado por fotos, conclamava os turistas estrangeiros a dar uma olhada na outra realidade, escondida por trás da máscara da folia, da alegria, do carnaval. Descrevia as necessidades das crianças do Lar de Cáritas e terminava com um pedido de ajuda. Os jovens do Rotaract e Interact Clubs, então muito atuantes, chefiados pelas companheiras Vânia e Ednice, se encarregaram de distribuí-los pelos principais hotéis e pousadas de Boa Viagem.
Felix estava hospedado no hotel Canarius em Boa Viagem e recebeu um desses folhetos. Após o carnaval, quando retornei ao meu escritório, encontrei o bilhete de Félix, escrito em alemão e à mão. Como não entendi e o Felix já havia regressado para a Europa, esqueci o assunto. Um ano depois, de volta ao Brasil, Felix tornou a me procurar. O encontro foi produtivo. Levei-o ao Lar de Cáritas e ele começou a ajudar a creche com o dinheiro que conseguia arrecadar junto aos companheiros de seu clube de serviços.

A contribuição de Felix é muito importante, não apenas em dinheiro, mas também em trabalho e dedicação. Ele realmente ama nossas crianças. Já trocou duas vezes a Kombi doada pelo Rotary por outras mais novas, ajudou na reconstrução das salas de aulas, além de outros benefícios.
Este ano ele doou um computador novo, marca HP, o melhor e mais completo, que pode encontrar. Ainda pagou a reforma dos jardins e colocou novos adesivos na Kombi.
Felix sempre tira muitas fotos, para manter o interesse e a ajuda de seus companheiros de clube. Ele diz que precisa de um tema: troca da van, reforma dos jardins, ampliação das salas de aulas, assim ele vai conseguindo os recursos necessários, a cada ano.

Como bom suíço que é, Felix reclama muito da bagunça e desorganização do Brasil. Também reclamou do Lar de Cáritas dizendo que os WCs das crianças têm cerâmicas quebradas, que os jardins estão ruins, que o grande salão do galpão está servindo de depósito, que o gabinete odontológico está sem dentista e por aí vai. Vindo de um país em que tudo é muito certinho explica-se o temperamento impaciente do Felix. Para culminar, enquanto fazia compras num supermercado teve a bolsa furtada. Ninguém viu, ninguém sabe, ninguém diz nada, segundo Felix.

Este ano, Felix conheceu o Espaço da Criança, cuja razão social é ARH - Associação Para Restauração Do Homem, creche dirigida pela companheira Núbia Mesquita, rotariana do Boa Viagem,
Recebido pela presidente, Felix visitou e tirou fotos das instalações e das crianças. Espantou-se ante a grande quantidade de lixo acumulado na rua dos fundos pelos moradores e donos de bares visinhos. Conheceu o terreno de propriedade da ARH onde serão construidas as futuras instalações, pois a creche funciona atualmente em prédio alugado.
Felix ficou impressionado com o trabalho desenvolvido no Espaço da Criança.
Antes de partir, lançou o desafio: enviem-me desenhos feitos pelas crianças, sob temas como paz, amor, fraternidade. Mandaremos transformar em cartões postais para venda na Suíça e no Brasil, com renda destinada às creches.
Obrigado, Felix. Que Deus o proteja. Até o ano que vem.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

UM LIVRO ADMIRÁVEL




Surpreso e admirado. Assim posso definir meu estado de espírito tão logo iniciei a leitura do livro "Semeando Olhares – Vivências por Peregrinações Geográficas", de autoria da jovem geógrafa, de 25 anos, Paloma Sol, filha de minha prima Enyzinha Cunha.
Recebi-o das mãos de sua mãe, em reunião de família, em troca de meu livro "Ajudando a Construir a Paz"
Como ela mesma diz, a obra é uma produção autônoma, com ajuda de alguns amigos. Editada em gráfica rápida, tiragem limitada, tem ilustrações graciosas, a bico de pena, da própria autora.
Segundo me informaram, Paloma se encontra atualmente na Índia, no ashram da guru indiana Amma, que já distribuiu mais de 20 milhões de abraços e esteve recentemente no Brasil.
Paloma demonstra ser uma pesquisadora social incansável, dotada de grande percepção e de uma sensibilidade fora do comum. Voltada para as coisas simples da terra, se deslumbra ante os milagres da natureza virgem, provedora de vida e alimentos.
Entremeado de citações, poesias, letras de músicas de Gil, Milton, Caetano, Chico, o livro é repleto de diálogos com o homem das comunidades, com o camponês, o indígena, as crianças. Retrata o modo de vida de diversos povos, os conflitos trazidos com o avanço da civilização, suas angústias, suas aspirações, os contrastes do antes e depois do progresso. Um capítulo importante trata da educação rural. Paloma dialoga com as professoras, mostra seu dia a dia, sua vida, suas agruras, seus ideais.
Paloma penetra na intimidade do homem rude do campo, convive com comunidades indígenas, seus hábitos, sua cultura milenar ainda preservada. Não sei como reproduz com tanta precisão e fidelidade os diálogos, no linguajar natural da região, com suas expressões e termos matutos. São tão reais, tão sinceros que, imagino, somente com o uso de um gravador poderia se explicar. Como teria arranjado tempo para transcrever toda a riqueza contida no livro?
Peregrina, Paloma percorreu sendas e trilhas, rios e igarapés, no meio do mato, em busca de comunidades as mais remotas. Esteve na Mantiqueira, no Tocantins, no Acre, indo até o Peru e Bolívia. Mochila nas costas, andava a pé ou buscava carona, à beira de estradas, às vezes por dias sucessivos. Não desistia, até conseguir. Viajou de avião, ônibus, carro, caminhão, moto, bote a motor de popa. Se preciso, não hesitava em armar a barraca e pernoitar no mato, sozinha, superando o medo das sombras, dos animais, dos insetos.
Admiro a coragem dessa menina, recém saída da adolescência. A mocinha indefesa, desarmada de corpo e alma, carrega nas intenções e ideais a ânsia de conhecer a vida no campo, de se unir à natureza primitiva. Com tanta coisa nos jornais, Paloma confia no Deus protetor. Todos os desconhecidos que cruzam seu caminho são pessoas boas, amigas, puras, acolhedoras.
Parabéns Paloma. Você tem uma grande obra, uma grande missão a cumprir. Que Deus a proteja.
Do primo
Alberto Bittencourt

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

CANTILENA ROTÁRIA


É fácil botar a culpa nos outros.
É fácil falar do Rotary e das lideranças rotárias.
É fácil ficar só esperando, esperando, criticando, criticando.
O Rotary não vai lhe dizer o que fazer, como fazer, onde fazer.
É você, rotariano quem tem que dizer ao Rotary o que vai fazer, como vai fazer, onde vai fazer.
O Rotary o apoiará, indicará meios e caminhos, dar-lhe-á orientação.
Pergunto o que você está fazendo para mudar esse estado de coisas?
Tem trabalhado pela imagem pública do Rotary?
Tem integrado a família rotária na vida do clube?
Tem prestado serviço nas comunidades carentes?
Tem procurado agregar novos sócios?
Tem pressionado autoridades?
Saiba que a liderança rotária é você.
Se ainda não foi presidente, um dia o será.
Conecte-se com o líder que existe em você.
Aja como líder, fale como líder, tome as atitudes de um líder.
Decida da forma como um líder decidiria.
Tome iniciativas, seja proativo.Apresente sugestões, propostas, projetos, participe.
Sobretudo, lembre-se:
VOCÊ NÃO ESTÁ SÓ!